HPV - os perigos e a importância de vacinar

Ele chegou de mansinho e se tornou uma verdadeira epidemia mundial. O papiloma vírus humano - mais conhecido como HPV - é um vírus transmitido por contato sexual (e não só) e causa lesões na pele e mucosas. Existem mais de 120 tipos de HPV, divididos entre os de baixo risco e os de alto risco.

Human Papiloma Virus. É um vírus transmitido através do contato da pele e, no caso da região genital, transmitido através de relações sexuais e podem causar lesões no pênis, vagina, colo do útero e vulva. Nas mulheres, ele atinge preferencialmente a vulva, o períneo, o meato uretral e o colo do útero. Meninas que apresentam o HPV de alto risco podem desenvolver o câncer de colo uterino, apesar de ser raro nesta faixa etária.

O vírus pode ficar incubado e aparecer muitos anos depois. Os sintomas dependem do tipo de HPV que infecta a mulher. As manifestações mais comuns na região genital são as verrugas genitais ou condilomas acuminados, conhecidas como "crista de galo".

Os tipos de alto risco podem evoluir para uma das mais temidas doenças: câncer. Os mais comuns são os 16 e 18. Eles formam microlesões que não podem ser vistas a olho nu. Sabemos hoje que 99% dos casos de câncer de colo de útero são provocados por HPV. Geralmente o organismo humano consegue eliminar a infecção sozinho em dois anos, porém certos subtipos do vírus, conhecidos como cepas oncogênicas, podem evoluir para o câncer. 


A principal ação da vacina contra o HPV é a de impedir o surgimento do vírus. E isto justifica o agito provocado, tanto na comunidade científica quanto na população, em torno de seus efeitos na prevenção do câncer de colo. Isso porque, a nova vacina é vista como um grande progresso na luta contra o Papiloma Vírus, que costuma agir silenciosamente, muitas vezes sendo percebido somente após anos de sua instalação.

A vacina tem muitos benefícios, mas traz um importante inconveniente: só funciona 100% em quem ainda não teve contato com o vírus, ou seja, em mulheres que ainda não têm vida sexual ativa. E essa tem sido uma das principais questões levantadas em torno de sua ação, já que é de extrema importância a vacinação antes de uma exposição potencial ao vírus.

A boa notícia é que nem sempre a doença evolui para lesões. As estatísticas revelam que em metade das contaminações, a infecção é transitória e termina com o vírus sendo completamente eliminado pelo sistema imunológico do hospedeiro.

Outra boa notícia é que a Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou nesta quarta-feira o projeto de lei que institui a adoção da vacina contra o papilomavírus humano (HPV) para meninas entre nove e 13 anos de idade.

 

fonte: vivasaudedigital.com.br